II FESTIVAL AFRO
No ano de 2016
a professora Neila Bonone ganhou o prêmio de professor destaque do Município de
Farroupilha por meio deste projeto motivando ainda mais para que neste ano de
2017 o Festival continuasse. Esta edição tem o objetivo de mostrar as
influências africanas na dança, arte, História, literatura e Culinária
presentes em diferentes regiões do nosso País. Estes temas foram abordados por
todas as professoras que realizaram trabalhos belíssimos que foram expostos na escola.
O II Festival ocorreu no dia 2 de setembro de 2017, inicialmente
tivemos uma palestra com a Jornalista Suélen Soares de Porto Alegre falando
sobre a Construção e aceitação da identidade Negra.
Em seguida os alunos da
educação Infantil até o 5ª ano dançaram com o percussionista Tonico de Ogun e a dançarina Vanessa Carraro conhecendo e apreciando as origens da dança afro-brasileira.
A educação infantil apresentou a brincadeira africana cantada Escravos de Jó
Apesar de ser bastante conhecido, há algo sobre o canto que
fica no ar: Afinal das contas, quem eram esses tais escravos de Jó e por que
eles jogavam caxangá? Apesar de parecer brincadeira de criança, é possível
aprender bastante sobre a cultura e até mesmo história do nosso país através da
cantiga popular. O tráfico de escravos para o Brasil não é nenhum segredo. Com
a chegada dos povos do continente africano nas Américas, a cultura deles também
veio junto. Caxangá seria um crustáceo que se parece com um siri. Durante a
escravidão no Brasil, os escravos trabalhavam capturando siris, ou seja,
juntando caxangás. Mas a letra da cantiga diz "jogando caxangá",
certo? Tudo indica que com o passar do tempo, e com o passar da música de boca
em boca, o significado tenha sido alterado e "pegando caxangá" tenha
se transformado em "jogando caxangá". Sim, era um trabalho e não um
jogo para eles. Já o "zigue zigue zá" provavelmente se refere ao ziguezague
que os escravos faziam para fugir do capitão-do-mato, que os perseguia em caso
de fuga, a mando do senhor. Por isso são apontados como "guerreiros",
afinal, fugir da escravidão não é nada fácil.
O primeiro e segundo ano apresentaram uma dança circular africana seguida do samba de roda.
Apesar da forte influencia que a herança afro-brasileira exerce em nós,
pouco sabemos da sua extensa contribuição para a cultura brasileira. Sem
dúvida, o samba é o estilo e gênero musical mais popular produzido para o
carnaval no Brasil. A palavra samba deriva da palavra Bantu, semba,
ou umbigo. Na África, aldeias inteiras se reuniam em círculo para cantar e
dançar, uma oportunidade para cada um demonstrar a habilidade e conhecimento
que possuía da sua herança, tanto na dança quanto na música. Após a
participação de cada indivíduo, era a vez de um novo membro ser convidado para
dançar no centro do círculo. As saias foram elaboradas nas aulas de Arte pelos
próprios alunos.
O terceiro ano deu continuidade na capoeira, conteúdo aprendido dois anos atrás por estes mesmos alunos quando estavam no primeiro ano. A solicitação para apresentar novamente a capoeira partiu dos próprios alunos.
A capoeira é uma representação cultural
que mistura esporte, luta, dança, cultura popular, música e brincadeira.
Caracteriza-se por movimentos ágeis e complexos, onde são utilizados os pés, as
mãos e elementos ginástico-acrobáticos. Diferencia-se das outras lutas por ser
acompanhada de música. Um dos significados da palavra capoeira refere-se
às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. A luta de defesa pessoal, que é reconhecida também como dança, foi
desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil. A capoeira é disputada
por duas pessoas que se defrontam no meio de uma roda formada por outros capoeiristas,
ao som de palmas e berimbaus. A capoeira desenvolveu-se principalmente na Bahia
e difundiu-se por vários estados, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Pará.
O quarto e quinto ano apresentaram a dança e percussão do Maracatu. Os instrumentos foram construídos pela Prof. Cíntia do quarto ano juntamente com seus alunos, bem como as saias foram elaboradas nas aulas de artes da Prof. Neila Bonone com as alunas do quinto ano.
Instrumentos elaborados pela Prof. Cíntia com os alunos do 4º ano
Para encerrar o evento o Grupo de Caxias do Sul Maracatu Baque dos
Bugres colocou todo mundo pra dançar incluindo as alunas do quarto e quinto ano que com o comando da Prof. Neila representaram as Catirinas do Maracatu.
MURAIS: Trabalhos dos alunos
Prof. Simone
Prof. Neila 4º e 5º ano
Prof. Neila 1º e 2º ano
Prof. Alice (samba) e Prof. Marcelle
Prof. Taísa 5º ano
Prof. Neila 4ª ano
Prof. Neila 4º, 1º e 2º ano
Prof. Taísa
Prof. Neila 4º ano
Prof. Cíntia
Filme Africano: Turno da tarde e da manhã assistiram
Prof. Clair 3º ano
Prof. Alice 1º e 2º ano: Samba . Mural de máscaras e mandalas: Prof. Clair 3º ano
Prof. Marcelle : Educação Infantil
Mural: Menina Bonita do Laço de Fita: Prof. Clair e Prof. Neila
Máscaras Africanas: Prof. Taísa 5º ano
No final do evento foram entregues lembrancinhas feitas com o auxílio dos alunos e Monitoras Geciele e Mariana representando o livro da Menina Bonita do Laço de Fita contendo uma bala de coco representando a culinária africana.
Mural Prof. Cíntia: 4º ano
Mural culinária e arte Africana: Prof. Cíntia